Amanhã não me procurem!

Estarei por aqui…

Onde é?

É melhor não saberem…

Lutar por aquela pessoa que amamos é sempre justo. Penso que esta é a única guerra em que vale tudo. Cada um por si…

E se num dia há uma derrota, eis quando uma nova força nasce e ganhamos a batalha seguinte…

Foto: Andrew Piotrowski

É verdade, as palavras faladas escapam agora com mais facilidade, talvez tenha aprumado a escrita e por isso as outras sejam pronunciadas sem medo das consequências…

Sim, consigo conversar sobre coisas que nunca pensei confessar…

Sim, permito-me sonhar alto e por isso ensaiar vocábulos muitas vezes escondidos no olhar…

Sim, acredito que mudamos, possivelmente com as cabeçadas, provavelmente com o caminhar do tempo…

Mas se no passado pensei que a minha essência se tivesse modificado, enganei-me, eu continuo cá…

Foto: Matusciac Alex

A aventura em detalhes!

Depois de algumas reclamações por não ter exposto mais fotografias da viagem da Medusa e da Hera a terras brasileiras, decidi ceder…

Não sei se faço bem, afinal estou a expor algumas das fraquezas da deusa demónio!!!

Por fazendas andámos!

Em reservas ecológicas vimos pessoas a festejar,

“mangueizais” a espreitar,

barro a amaciar,
e caranguejos alguém a apanhar.

Mas o macho quer é trincar,
e a mão da Hera foi alcançar,

para a deixar a chorar.
Alguns a andar,

outros à boleia.
Vacas na praia (parecidas com a Medusa, única e exclusivamente, no gostar de abacaxi)…
Quando a noite chega,

aparecem as visitas inesperadas…

Mas no outro dia na praia, enquanto uns aproveitam o sol,
outros fazem-se à vida,

de uma maneira ou de outra.

A Santa pede paz,

a paisagem obedece,

porém os Três Reis Magos permanecem de vigia…

Numas escolas aprende-se a crescer,

noutras a cozinhar,

ou a guerrear…

Outra vez na praia, a nadar,

a descansar,

ou a contemplar…

A aventura em detalhes II

Decide-se ver o pôr-do-sol na “creperia”,

diferentes paisagens, sejam só de areia

ou de cajueiros…

Cometem-se loucuras,

de todo o tipo,

mas tem-se sempre tempo, para a Praia do Amor visitar,

e saber o porquê do nome “Pipa”.

Atravessa-se em algo não muito equilibrado,

passeia-se por estradas estreitas,

até à Lagoa da Coca-cola, comprova-se a sua autenticidade.

Mais alguém empurra,

para um mundo desconhecido…

Visita-se a reserva de índios,

conhecemos o seu chefe, vestimo-nos a rigor e com ele dançamos.

De regresso a casa, o povo continua a trabalhar…

e a secretaria fechada…

E volta-se de novo à realidade, num avião com um atraso de 8 horas…

Na sombra da noite...

A rosa recebida na calada da noite foi como um pequeno bilhete que voou pela minha janela…

Uma flor em vez de um "amo-te" em palavras escritas ou proferidas, no momento ideal, pela pessoa perfeita…

O aparecer imprevisível, o beijo admirável, por um instante inolvidável…

Foto: Joel Le Montagner

Até onde vai a maldade feminina?

Cada dia sem ti é um tormento,

o teu sorriso não me sai do pensamento,

o teu amor é um alento

que me oferece encantamento.

Foto: Václav Sirc

You're still the one

Que tipo de cena romântica você é?

O que leva uma mulher a fazer determinadas loucuras só o coração pode responder, no entanto, como diz o ditado “o coração tem razões que a própria razão desconhece” e a tomada de certas decisões só a ele nos podemos reportar. Podem não ser as mais correctas, podemos até magoar quem não merece, mas se não nos guiarmos pelo coração nunca conseguiremos ser felizes. Afinal todos nós temos um lado egoísta!

Foto: Matusciac Alex

Eu amo-te!

De todos as maneiras, de todos os modos!

Sempre que quiseres, sempre que desejares!

Onde me pedires, onde me exigires!

Mesmo nos vendavais, mesmo nos dias nublados!

Eu amo-te!

Por onde andares, por onde caminharmos!

Sem rumo, sem direcção!

Com mapa, com indicação!

Enquanto viveres, enquanto existirmos!

Nada mais contraditório do que “ser mulher”

“Mulher que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor.

Que vive milhões de emoções num só dia e transmite cada uma delas, num único olhar.

Que cobra de si a perfeição e vive arrumando desculpas para os erros daqueles que ama.

Que hospeda no ventre outras almas, dá à luz e depois fica cega diante da beleza dos filhos que gerou.

Que dá as asas, ensina a voar mas que não quer ver partir os pássaros, mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.

Que se enfeita toda e perfuma o leito ainda que o seu amor nem perceba mais tais detalhes.

Que como uma feiticeira transforma em luz e sorriso as dores que sente na alma, só para ninguém notar.

E ainda tem que ser forte, dar o ombro para quem nele precise chorar.”

Via email

Foto: Eleonora Castelli

Não quero ouvir nem falar, tenciono somente olhar-te e sentir-te…

Tudo o que poderei ouvir ou ver que não advenha de ti não importará…

Foto: Mehmet Alci

Numa concha eu por vezes me sinto, protegida, abraçada com o carinho do momento, a felicidade do amor, o querer mais e mais sem alcançar o cessar.

Abraço-me, fecho-me, enrolo-me na esperança de fugir daquilo que se sente por se desconhecer o seu rumo, do querer ainda mais, da paixão pelos sentimentos que crescem a todo o instante e que não nos deixam respirar outros recantos.

Naqueles momentos de silêncio, em que fecho os olhos e penso no que está à minha volta, só te antevejo a ti, só te ambiciono a ti…

Eu não pretendo meditar, eu luto para não duvidar, mas também não me quero despenhar daquele precipício vertiginoso que um dia me iludiu…

Mas sim, claro que te quero! Claro que te amo! Claro que quero ficar contigo! Mas claro que tenho medo e não o consigo arrancar de dentro de mim tão facilmente!

Só o tempo fará tal proeza, o tempo que passarás comigo, o tempo em que me amarás. Só o passar do tempo destruirá esse medo, esse receio… O tempo que tu tens que me dar, o tempo que comigo tens que passar…

Aquilo que um dia fui, não sei se o voltarei a ser; talvez tenha ficado pior, talvez melhor, as qualidades que se alteram, as metamorfoses que ocorrem desgastam o verdadeiro ser, a essência de todos nós…

Aquela pessoa que um dia amou sem restrições, que um dia desejou sem temer, que acreditou sem vacilar, que se entregou sem supor traições, essa mulher transfigurou-se numa medusa, que a todo o instante olha desconfiada, suspeita de todos os movimentos, vive a cogitar sobre a natureza das coisas e teme que tudo ou todos se transformem em pedra…

Foto: Chae Geun Lim