sábado, fevereiro 18, 2006

Não pedir nada...


Amar sem nada em troca, amar só para sentir que se ama, amar só para ter um sentido na vida, amar com todos os defeitos, amar todos os defeitos…

Querer ser mais do que pessoa individual, querer ter alguém com quem partilhar momentos singelos, querer acreditar que o amanhã tem mais sonhos do que aqueles banais e existenciais…

Acreditar que tudo é sonho e que o sonho não acaba, não ter receio de acreditar, sonhar, sonhar com algo que nem nós sabemos o que significa…

Confiar a nossa vida a quem nós acreditamos sinceramente, viver cada momento como se nada acabasse amanhã, sentir que cada segundo é um só, sentir que tudo será para sempre…

A dor no coração como se de uma facada se tratasse, uma picada forte como se a vida se tivesse a perder, sentir que nada somos sem aquela pessoa a quem demos tudo aquilo que acreditámos ser vital, mas não era, não era o suficiente, e quebrou-se o encanto, o encanto de tudo…

Querer apagar as memórias que outrora foram tão deliciosamente lembradas, apagar momentos de alegria que pareciam imortais, querer esquecer tudo, para não lembrar a dor que tudo causa, porque tudo já não é nada, e nada foram anos passados...

Anos que não voltarão atrás, anos que vivemos e que não quisemos esquecer, que guardámos numa gavetinha do nosso coração para mais tarde serem recordados e que agora essa gaveta teima em não fechar, teima em abrir para causar um sangramento doloroso, uma mágoa cruel, um ódio penoso…

Sem comentários: