sexta-feira, março 30, 2007

Corpos...


Tons vermelhos, leito redondo, reflexos suspensos nas paredes e no tecto, música melodiosa, luzes com um toque sedutor…

Clima perfeito… Situação imperfeita…

O olhar a suplicar um carinho, os lábios a defenderem-se, os dedos a entrelaçarem-se…

Cada hora a tornar-se um minuto, cada minuto num segundo…

Pede-se um desejo… e os corpos separam-se…

Foto: Alessandro Linatti

quarta-feira, março 28, 2007

Charles Chaplin


terça-feira, março 27, 2007

O novo aspecto da medusa

Não deixa de ser uma Medusa, apenas adquiri a minha outra forma.

Uma espécie de criatura marinha gelatinosa que anda ao sabor da corrente e que tem aproveitado para saborear invertebrados desconhecidos. Eles são tão deliciosos que me deixam completamente sem acção!

Eu sei que o meu aspecto de guarda-chuva aberto dá a sensação de que me deixo levar pelo vento, de certa forma, ultimamente, tem sido verdade. Só espero que esta minha capacidade limitada não me bloqueie os tentáculos e eu venha a servir de alimento para alguma presa mais voraz.


domingo, março 25, 2007

A lua


A lua é uma boa confidente, mas tem cuidado porque também é bastante ciumenta!

sábado, março 24, 2007

Momentos confusos

Aquele teu beijo deixava-me hesitante, os sentimentos confundiam-se com os princípios, as certezas vacilavam como gelatina, a pulsação latejava a uma velocidade estrondosa. As mãos agitavam-se a fim de se soltarem, o corpo forçava para sentido contrário. A cabeça não queria, o coração desejava.

Olho o horizonte sem lhe ver o fim, parece-me mais longe. «Quero voltar atrás!» - penso. Todos aqueles momentos vividos no passado surgem como imagens presentes, acredito que estou perto do abismo, mudo de direcção, fujo, corro, mas não consigo…

«Eu sou forte, caio porém levanto-me sempre. Por vezes, demoro. Bater a cabeça também é crescer! Ir em frente ver o que há lá? Não sei se quero. Mas desistir?! Eu nunca renunciei a nada e nunca me arrependi. Há sempre uma primeira vez para tudo!»

domingo, março 18, 2007

No meio do oceano

Não sei se era casual, ou apenas destino.


Encontrava-me no meio do oceano, incrivelmente indecisa. Continuar a nadar, correndo o risco de me afogar, ou voltar para terra, para o lugar aparentemente seguro.


A terra também era local de incertezas, os buracos que por ali andavam, tornavam o meu caminho bamboleante.


Mas as ondas, aquelas amaldiçoadas ondas, não me deixavam respirar quando era necessário, estava a ficar sem forças. Arriscava muito. A minha vida merecia mais uma hipótese. Porém, valeria a pena continuar a seguir um trilho melancólico, sem aventura, sem agitação…


Foto:
Hannah Larson

Domínio feminino

sexta-feira, março 16, 2007

Odor masculino?



Um estudo da Universidade da Califórnia revelou que para as mulheres nada se compara ao cheiro de um homem.

O estudo prova que o odor libertado pelos homens influência o humor, a excitação sexual e cerebral do sexo feminino.

“De acordo com esta investigação, mulheres cujo olfacto foi submetido a uma substância presente no suor masculino apresentaram elevados níveis hormonais ligados à sexualidade, intensificaram a líbido e exibiram um ritmo cardíaco acelerado.

Ao sentir o cheiro desta pré-hormona, as mulheres estudadas demoraram até cerca de 15 minutos para manifestar os sintomas, que permaneceram activos durante mais de uma hora.”


in http://www.portugaldiario.iol.pt


Ainda não estou em mim! Estes cientistas não têm mais nada para fazer?
Eu não concordo com esta tese. Serei só eu?

quinta-feira, março 15, 2007

A propósito de mini-saias

Um dia, na paragem do autocarro, estava uma rapariga que usava uma mini-saia muito apertada.

Quando o autocarro chegou e era a sua vez de entrar, apercebeu-se que a saia estava tão apertada que não conseguia levantar a perna o suficiente para chegar ao primeiro degrau.

Tentando arranjar uma maneira de conseguir levantar a perna ela recuou esticou os braços para trás e desapertou um bocadinho o fecho da saia.

Ainda assim não conseguia chegar ao degrau...

Embaraçada recuou novamente e esticou os braços para trás das costas para desapertar um pouco mais o fecho.

Ainda assim não conseguiu subir para o primeiro degrau...

Então, recuou novamente esticou os braços para trás e desapertou completamente o fecho da saia.

Pensando que desta vez ia conseguir levantou novamente a perna, apenas para descobrir que ainda não conseguia alcançar o degrau... Vendo como ela estava embaraçada, o homem que estava atrás dela na fila do autocarro, pôs as suas mãos à volta da cintura dela, levantou-a e pousou-a no primeiro degrau do autocarro.

A rapariga virou-se furiosa e perguntou:

- Como se atreve? Eu nem sequer o conheço...

Chocado, o homem respondeu-lhe:

- Bem, minha senhora, eu pensei que depois de ter recuado e me ter desapertado a braguilha três vezes, bem, pensei que já éramos pelo menos amigos...!



Via email

segunda-feira, março 12, 2007

domingo, março 11, 2007

Conversa de mulheres


- Então, escuta lá, mas ele prometeu que te ligava?

- Sim.

- Mas quando?

- Primeiro disse que na segunda não podia dar a certeza se dava para passar por lá, mas que quarta tinha a tarde livre. Depois telefonou-me na terça e pediu desculpas, pois tinha que ir tratar de umas coisas pendentes, que me ligava quando pudesse.

- Não chegou a ligar!

- Pois e eu, feita parva, liguei-lhe a pedir que viesse, porque precisava dele.

- E o que é que ele respondeu?

- Que não podia. Que tinha um jantar. Que ligava no fim. E eu retorqui que não se incomodasse.

- Pelos vistos, seguiu o teu conselho! Olha, junta-te ao clube!

- E a ti, o que é que te aconteceu?

- Sou outra parva! Interessado, dizias tu!

- Pelo menos andava todo empolgado. Todo sorridente porque tinha o teu contacto e viu-o a guardá-lo preciosamente na mochila.

- Parece que o guardou para nunca mais o ver. Queria dar umas voltinhas, mas não há meio de se decidir!

- O rapaz deve estar confuso.

- Eu é que estou confusa. Ainda dizem que as mulheres se fazem de difíceis. Eles estão a apanhar os nossos defeitos. Só que nós fazemo-lo com charme, eles não…

- Deixa lá, eu na segunda dou-lhe um toque.

- Para quê? Para ele pensar que estou desesperada? Não, obrigada. Prefiro dar uma voltinha sozinha.

Risos…

Imagem: Debret


"Qualquer semelhança é pura coincidência!"


Poesia

Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.

Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, março 10, 2007

Algo perdido, algo encontrado...

Na busca de algo perdido, encontrei-me ontem entre papéis, cartas, postais, bilhetes guardados que remetem para um pretérito feliz.

Não quero ser melancólica, muito menos lamentar a existência de um presente tão diferente. Desejo apenas partilhar algumas das frases ditas, verdadeiras e sinceras numa outra época, mas que se podem repetir noutras alturas com personagens distintas.

Não pedi autorização da outra pessoa envolvida, no entanto acredito que ela não se importará, afinal as palavras, os sentimentos, os desejos eram meus.

“Se tudo o que desejamos se tornasse realidade talvez um dia a tal abóbora se transformasse num lindo coche e a escrava numa bela princesa.

Se tudo fosse um mar de rosas, possivelmente estas não poderiam ter espinhos, pois isso era sinal de que um dia alguém se picaria.

Se tudo o que os contos tradicionais transmitem, de geração em geração, deixassem de ser contos, não existiriam abóboras para se comer e todas as meninas eram princesas.

Se tudo o que aparece nos provérbios fosse verdade, as outras flores não tinham hipóteses de vingar nem de produzir um bonito sorriso ou um brilhante olhar.

No entanto, eu vivo neste mundo, acreditando nos contos e nos provérbios, mas crendo, principalmente, que só me posso converter numa princesa aos olhos do homem que me amar e o amor que este sentirá somente poderá ser um mar de rosas, mesmo com os seus espinhos, se eu conseguir alimentar essa paixão, até ao fim dos meus dias. […]”

A princesa existiu durante anos, mas a magia não foi suficientemente forte para aguentar. O mar de rosas cresceu, porém os espinhos ganharam mais força.

A verdade é que é muito difícil alimentar a paixão. Todavia, continuo a acreditar no amor e na sua força.

Foto: Hannah Larson

quinta-feira, março 08, 2007

Dia Internacional da Mulher


Não existe para lembrar os homens de que temos direitos iguais, mas que um dia não os tivemos…

Não permanece para que os homens nos tratem bem hoje, mas que nos acarinhem todos os dias…

quarta-feira, março 07, 2007

Entre Pipa e Tibau do Sul


Entre Pipa e Tibau do Sul localiza-se o Hotel Village Natureza Dunas Resort. Um nome pomposo, o local é excelente, as acomodações razoáveis, mas o jantar nem por isso (a comida passado uns dias parece sempre a mesma coisa).

A piscina que mais parecia uma banheira, de tão quente que a água estava.

A entrada para a praia.

A vista do hotel.

As respeitáveis escadas que tínhamos que descer até à praia. Isso se não quiséssemos utilizar a forma mais rápida: salto sem pára-quedas.

A paisagem para Tibau.

A paisagem para Pipa.

terça-feira, março 06, 2007

domingo, março 04, 2007